terça-feira, 9 de maio de 2023

 

Prof. Lemuel História da Arte

O ARTISTA  EXPRESSA O SEU TEMPO, ATRAVÉS DO QUE ELE VÊ.

Competência: Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade.

 Objetivos:

Entender que a arte é um saber cultural coletivo que gera significado e que integra a organização do mundo e da própria identidade.

Habilidade 13 – Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.

Habilidade 12 – Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho, da produção dos artistas em seus meios culturais.

Arte contemporânea

É a arte do nosso tempo. Marcada pela quebra de padrões, pela liberdade total de criar, representar e propor situações e também pela pesquisa e uso das novas tecnologias (vídeo, holografia, som, computador, etc.). A arte contemporânea se aproxima da vida. Nela, tudo pode ser incorporado. O expectador é provocado e convidado às mais variadas reflexões.  A arte se integra à própria vida. Beleza, feiura, ironia, política, percepções, sensações, sucata, lixo, e até o próprio corpo, tudo pode ser material artístico.

 

Na Arte Contemporânea há exploração de todos os sentidos, não só da visão, mas também o tato, paladar e audição, exigindo do público, muitas vezes, uma participação ativa para que a obra se realize. Mudaram os tempos, mudou a arte e sua função. Não esqueçamos que a arte é histórica, e cada vez mais política e provocativa; porém, sempre original e criativa.

FUNÇÕES DA ARTE

Cada sociedade vê a arte de um modo diferente, segundo a sua função. Nas sociedades indígenas e africanas originais a arte não era separada do convívio do dia-a-dia, mas presente nas vestimentas, nas pinturas, nos artefatos, na relação com o natural e o sobrenatural, onde cada membro da comunidade podia exercer uma função artística.

Somente no séc. XX a arte foi reconhecida e valorizada por si, como objeto que possibilita uma experiência de conhecimento estético. Ao longo da história da arte podemos distinguir três funções principais para a arte:

a PRAGMÁTICA ou UTILITÁRIA; a NATURALISTA;  a FORMALISTA.

FUNÇÃO PRAGMÁTICA OU UTILITÁRIA

A arte serve como meio para se alcançar um fim não artístico, não sendo valorizada por si mesma, mas pela sua finalidade.  A arte pode estar a serviço para finalidades pedagógicas, religiosas, políticas ou sociais.

FUNÇÃO NATURALISTA

O que interessa é a representação da realidade ou da imaginação o mais natural possível para que o conteúdo possa ser identificado e compreendido pelo observador.  A obra de arte naturalista mostra uma realidade que está fora dela, retratando objetos, pessoas ou lugares. Para a função naturalista o que importa é a correta representação (perfeição da técnica) para que possamos reconhecer a imagem retratada; a qualidade de representar o assunto por inteiro; e o poder de transmitir de maneira convincente o assunto para o observador.

FUNÇÃO FORMALISTA

Atribui maior qualidade na forma de apresentação da obra preocupando-se com seus significados e motivos estéticos. A função formalista trabalha com os princípios que determinam a organização da imagem – os elementos e a composição da imagem. Com o formalismo nas obras, o estudo e entendimento da arte passaram a ter um caráter menos ligado às duas funções anteriores importando-se mais em transmitir e expressar ideias  e emoções através de objetos artísticos.

O QUE É O REPRESENTACIONALISMO ?

O representacionalismo é a mais antiga concepção sobre a natureza da arte, sugerindo que a sua função é a de representar alguma coisa. Platão e Aristóteles concebiam a arte como imitação ou mímese, ou seja, uma representação naturalista da realidade. Assim, a pintura imita a natureza, o drama imita a ação humana. A música instrumental, por exemplo, não parece imitar coisa alguma.

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Segundo as teorias expressivistas, a arte é expressão de emoções. As teorias expressivistas da arte são mais novas, embora sinais dela já pudessem ser encontrados na antiguidade, como na teoria aristotélica da função catártica da obra de arte como purgação das emoções. Para os expressivistas a arte é para o mundo interior das emoções como a ciência para o mundo exterior. A ciência tem como objeto eventos físicos enquanto a arte tem como objeto as emoções humanas que ela exprime.

Linguagens das Artes

Na arte da contemporaneidade, novas linguagens artísticas são desenvolvidas (instalação, vídeo arte, performance, body-art, arte digital, etc.), de acordo com a incorporação das novas tecnologias e de novas formas de pensar. Vejamos mais detalhadamente algumas dessas novas linguagens:

Arte de instalações (krafts) é uma manifestação artística onde a obra é composta de elementos organizados em um ambiente fechado. A disposição de elementos no espaço tem a intenção de criar uma relação com o espectador.

Performance,  é uma forma de arte que pode combinar elementos do teatro, da música, da dança e das artes visuais. Situa-se no limite entre o teatro e as artes plásticas, onde o artista funciona como uma escultura viva, “interpretando” sua mensagem.

Dois artistas que marcaram presença nas décadas de 60 e 70 no Brasil com propostas artísticas experimentais foram Lygia Clark e Hélio Oiticica.

A ARTE MODERNA COM A ARTE CONTEMPORÂNEA

Arte Moderna = Sociedade de consumo

Arte Contemporânea = Sociedade de comunicação

Alguns afirmam que o período da arte moderna terminou por volta da década de 1950.

Agora vamos olhar para os movimentos modernos e contemporâneos na arte:

– Se a obra moderna faz de seu objeto principal a materialidade da cor e da forma, a obra contemporânea faz de si mesma, um objeto, a arte-objeto.

– Se a Arte Moderna propõe uma revolução no universo das sensações e da forma, a Arte Contemporânea a propõe no campo das ideias, abrangendo esferas não artísticas como a política, o corpo, a sexualidade, a filosofia, a ética e demais interfaces estabelecidas pela produção cultural de nossos dias.

– Enquanto a Arte Moderna ressalta a autonomia da obra de arte, separando-a da vida real, a Contemporânea contextualiza a obra, aproximando-a da vida e do seu contexto social.

– Com a Arte Contemporânea o espectador está definitivamente banido do seu lugar de mero contemplador da arte; ele é intimado a participar, a pensar, a penetrar no universo de criação.

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– A Arte Contemporânea extrapola os limites anteriores, criando novas e infinitas linguagens e meios expressivos para a arte.

Podemos concluir a partir do que vimos acima, que são bastante complexas as transformações propostas tanto pela modernidade como pela contemporaneidade na arte. Mas é importante que percebamos que os movimentos nascem uns dos outros, desenvolvem-se uns a partir dos outros e de seus contextos. E, é importante destacar, se revisitam continuamente.

Concluindo, lembremo-nos sempre que uma obra de arte não é um ponto final, que condensa concepções e preceitos; ela implica em um processo iniciador, o ponto de partida para se repensar e refletir a arte e a vida.

Bibliografia:  Do Moderno ao Contemporâneo – Kátia Canton

Exercício –  O ARTISTA  EXPRESSA O SEU TEMPO, ATRAVÉS DO QUE ELE VÊ.

Questões:

 

1.   O que é Arte Contemporânea?

2.   Ao longo da história da arte podemos distinguir três funções principais para a arte:

a UTILITÁRIA; a NATURALISTA;  a FORMALISTA.  Explique cada uma das funções.

3.   Como Platão e Aristóteles concebiam a arte ?

 

4.   Segundo as teorias expressivistas a arte é expressão de emoções. O que a teoria propõe?

 

 

5.   Na arte da contemporaneidade, novas linguagens artísticas são desenvolvidas, quais são elas?

 

6.   Sobre as propostas da arte moderna e contemporânea, cite alguns pontos.

 

7.Como a autora conclui a discussão entre a arte moderna e a arte contemporânea?

 

 

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