Prof. Lemuel História da Arte
O ARTISTA EXPRESSA O SEU TEMPO, ATRAVÉS DO QUE ELE VÊ.
Competência: Compreender a arte como saber
cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do
mundo e da própria identidade.
Objetivos:
Entender que a arte é um saber cultural coletivo que gera significado e
que integra a organização do mundo e da própria identidade.
Habilidade 13 – Analisar as diversas produções artísticas como meio de
explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
Habilidade 12 – Reconhecer diferentes funções
da arte, do trabalho, da produção dos artistas em seus meios culturais.
Arte
contemporânea
É a arte do nosso tempo. Marcada pela quebra de padrões, pela liberdade
total de criar, representar e propor situações e também pela pesquisa e uso das
novas tecnologias (vídeo, holografia, som, computador, etc.). A arte
contemporânea se aproxima da vida. Nela, tudo pode ser incorporado. O
expectador é provocado e convidado às mais variadas reflexões. A arte se
integra à própria vida. Beleza, feiura, ironia, política, percepções,
sensações, sucata, lixo, e até o próprio corpo, tudo pode ser material
artístico.
Na Arte Contemporânea há exploração de todos os sentidos, não só da
visão, mas também o tato, paladar e audição, exigindo do público, muitas vezes,
uma participação ativa para que a obra se realize. Mudaram os tempos, mudou a
arte e sua função. Não esqueçamos que a arte é histórica, e cada vez mais
política e provocativa; porém, sempre original e criativa.
FUNÇÕES DA ARTE
Cada sociedade vê a arte de um modo diferente, segundo a sua função. Nas
sociedades indígenas e africanas originais a arte não era separada do convívio
do dia-a-dia, mas presente nas vestimentas, nas pinturas, nos artefatos, na
relação com o natural e o sobrenatural, onde cada membro da comunidade podia
exercer uma função artística.
Somente no séc. XX a arte foi reconhecida e valorizada por si, como
objeto que possibilita uma experiência de conhecimento estético. Ao longo da
história da arte podemos distinguir três funções principais para a arte:
a PRAGMÁTICA ou UTILITÁRIA; a NATURALISTA; a FORMALISTA.
FUNÇÃO PRAGMÁTICA OU UTILITÁRIA
A arte serve como meio para se alcançar um fim não artístico, não sendo
valorizada por si mesma, mas pela sua finalidade. A arte pode estar a
serviço para finalidades pedagógicas, religiosas, políticas ou sociais.
FUNÇÃO NATURALISTA
O que interessa é a representação da realidade ou da imaginação o mais
natural possível para que o conteúdo possa ser identificado e compreendido pelo
observador. A obra de arte naturalista mostra uma realidade que está fora
dela, retratando objetos, pessoas ou lugares. Para a função naturalista o que
importa é a correta representação (perfeição da técnica) para que possamos
reconhecer a imagem retratada; a qualidade de representar o assunto por
inteiro; e o poder de transmitir de maneira convincente o assunto para o
observador.
FUNÇÃO FORMALISTA
Atribui
maior qualidade na forma de apresentação da obra preocupando-se com seus
significados e motivos estéticos. A função formalista trabalha com os princípios que determinam a
organização da imagem – os elementos e a composição da imagem. Com o formalismo
nas obras, o estudo e entendimento da arte passaram a ter um caráter menos
ligado às duas funções anteriores importando-se mais em transmitir e expressar
ideias e emoções através de objetos artísticos.
O QUE É O REPRESENTACIONALISMO ?
O representacionalismo é a mais antiga concepção sobre a natureza da
arte, sugerindo que a sua função é a de representar alguma coisa. Platão e
Aristóteles concebiam a arte como imitação ou mímese, ou seja, uma
representação naturalista da realidade. Assim, a pintura imita a natureza, o
drama imita a ação humana. A música instrumental, por exemplo, não parece
imitar coisa alguma.
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Segundo as teorias expressivistas, a arte é expressão de emoções. As
teorias expressivistas da arte são mais novas, embora sinais dela já pudessem
ser encontrados na antiguidade, como na teoria aristotélica da função catártica
da obra de arte como purgação das emoções. Para os expressivistas a arte é para
o mundo interior das emoções como a ciência para o mundo exterior. A ciência
tem como objeto eventos físicos enquanto a arte tem como objeto as emoções
humanas que ela exprime.
Linguagens das Artes
Na arte da contemporaneidade, novas linguagens artísticas são
desenvolvidas (instalação, vídeo arte, performance, body-art, arte digital,
etc.), de acordo com a incorporação das novas tecnologias e de novas formas de
pensar. Vejamos mais detalhadamente algumas dessas novas linguagens:
Arte
de instalações (krafts) é uma manifestação artística onde a obra é composta
de elementos organizados em um ambiente fechado. A disposição de elementos no
espaço tem a intenção de criar uma relação com o espectador.
Performance,
é uma forma de arte que pode
combinar elementos do teatro, da música, da dança e das artes visuais. Situa-se
no limite entre o teatro e as artes plásticas, onde o artista funciona como uma
escultura viva, “interpretando” sua mensagem.
Dois artistas que marcaram presença nas décadas de 60 e 70 no Brasil com
propostas artísticas experimentais foram Lygia Clark e Hélio Oiticica.
A ARTE MODERNA COM A ARTE CONTEMPORÂNEA
Arte Moderna = Sociedade de consumo
Arte Contemporânea = Sociedade de comunicação
Alguns afirmam que o período da arte moderna terminou por volta da
década de 1950.
Agora vamos olhar para os movimentos modernos e contemporâneos na arte:
– Se a obra moderna faz de seu objeto principal a materialidade da cor e
da forma, a obra contemporânea faz de si mesma, um objeto, a arte-objeto.
– Se a Arte Moderna propõe uma revolução no universo das sensações e da
forma, a Arte Contemporânea a propõe no campo das ideias, abrangendo esferas
não artísticas como a política, o corpo, a sexualidade, a filosofia, a ética e
demais interfaces estabelecidas pela produção cultural de nossos dias.
– Enquanto a Arte Moderna ressalta a autonomia da obra de arte,
separando-a da vida real, a Contemporânea contextualiza a obra, aproximando-a
da vida e do seu contexto social.
– Com a Arte Contemporânea o espectador está definitivamente banido do
seu lugar de mero contemplador da arte; ele é intimado a participar, a pensar,
a penetrar no universo de criação.
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– A Arte Contemporânea extrapola os limites anteriores, criando novas e
infinitas linguagens e meios expressivos para a arte.
Podemos concluir a partir do que vimos acima, que são bastante complexas
as transformações propostas tanto pela modernidade como pela contemporaneidade
na arte. Mas é importante que percebamos que os movimentos nascem uns dos
outros, desenvolvem-se uns a partir dos outros e de seus contextos. E, é
importante destacar, se revisitam continuamente.
Concluindo, lembremo-nos sempre que uma obra de arte não é um ponto
final, que condensa concepções e preceitos; ela implica em um processo
iniciador, o ponto de partida para se repensar e refletir a arte e a vida.
Bibliografia: Do Moderno ao Contemporâneo – Kátia Canton
Exercício – O ARTISTA EXPRESSA O SEU TEMPO, ATRAVÉS DO QUE
ELE VÊ.
Questões:
1. O que é Arte Contemporânea?
2. Ao longo da história da arte podemos distinguir
três funções principais para a arte:
a UTILITÁRIA; a NATURALISTA; a FORMALISTA. Explique cada uma
das funções.
3. Como Platão e Aristóteles concebiam a arte ?
4. Segundo as teorias expressivistas a arte é
expressão de emoções. O que a teoria propõe?
5. Na arte da contemporaneidade, novas linguagens artísticas
são desenvolvidas, quais são elas?
6. Sobre as propostas da arte moderna e contemporânea,
cite alguns pontos.
7.Como a autora conclui a discussão entre a arte moderna e a arte
contemporânea?
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