segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ditadura Militar na América Latina




Ditadura militar durante a segunda metade do séc. XX, não foi uma exclusividade apenas no Brasil, ela também fez parte do cotidiano de vários vizinhos latino americanos. Devido a pertencer a uma área de influência Norte Americana, durante a chamada Guerra fria, vários países sofreram intervenção militar para conter a uma chamada “ameaça comunista”. Vejamos algumas delas.
A ditadura brasileira foi a única a utilizar-se de outros Poderes para legitimar um regime de exceção, conforme especialistas em ditaduras militares na América Latina. Em comparação com os regimes ditatoriais do Chile, Argentina e Uruguai, por exemplo, a ditadura brasileira pode não ter sido a mais violenta em número de mortes, mas isso não significa que ela foi menos cruel com seus opositores.
O professor-doutor de História do Brasil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Renato Luís de Couto Neto e Lemos, afirma que o regime militar brasileiro teve algumas peculiaridades como um regime econômico voltado ao desenvolvimentismo e à visão de que os demais Poderes - Judiciário e Legislativo - eram essenciais para a manutenção do regime de exceção. “Era muito complicado dominar apenas com base na força”, afirma o professor.
Após a Revolução Cubana (1961), que derrubou o ditador Fulgêncio Batista, os EUA acirrou a política de contenção do avanço comunista na América, estimulando os sucessivos golpes de estado engendrados pelos militares nos anos seguintes. O primeiro país na América do Sul onde os militares tomaram o poder foi o Brasil (1964), que serviu de modelo para os golpes seguintes: na Bolívia (1964), Argentina (1966), Peru (1968), Uruguai (1973), Chile (1973), entre outros.
Os governos militares adotaram a Doutrina de Segurança Nacional, ideologia na qual o aparelho de estado estava voltado para o combate daqueles que não se identificavam com os regimes e eram entendidos como “inimigos da nação” e associados ao “comunismo”. A colaboração entre os países do Cone-sul na repressão àqueles que resistiam aos regimes ditatoriais chamou-se Operação Condor. A Operação Condor foi responsável pela troca de informações entre as ditaduras e pela tortura, pelos assassinatos de dissidentes e pelo desaparecimento de filhos de revolucionários.
A Argentina vivera uma grande instabilidade política desde os anos de 1955, quando os militares produziram o primeiro golpe, depondo o presidente Perón. Os anos seguintes foram marcados pela perseguição ao peronismo e resultaram em um novo golpe militar, no ano de 1966, quando o General Ongania toma o poder. Após desencadear uma intensa repressão, Ongania perdeu o apoio e, em 1973, Perón foi novamente eleito. O presidente falece deixando a presidência para Isabelita Perón, sua esposa e vice-presidente. Um novo golpe militar retirou Isabelita do poder, em 1976. Os militares governaram o país até 1983. Durante estes anos estima-se que o governo foi responsável pelo desaparecimento de cerca de trinta mil pessoas.
No Chile o golpe militar de 1973 derrubou o governo socialista democraticamente eleito de Salvador Allende. O governo de Allende contrariava as intenções norte-americanas, por isso, a CIA passou a financiar e incentivar os militares a tomar o poder. No dia 11 de setembro daquele ano, o general Pinochet, que até então participara do governo de Allende, lidera as forças armadas na tomada do governo. Allende recusa-se a deixar o palácio de La Moneda, sede da presidência, que é bombardeado por aviões e tomado pelos militares. O presidente se suicida e Pinochet passa a governar. A repressão no Chile é intensa, o número de presos políticos foi tão grande nos primeiros dias que estádios de futebol foram transformados em prisões. Milhares de pessoas foram fuziladas e enterradas em covas coletivas. O governo militar acabou em 1990, quando Pinochet deixou o poder.
No Chile o golpe militar de 1973 derrubou o governo socialista democraticamente eleito de Salvador Allende. O governo de Allende contrariava as intenções norte-americanas, por isso, a CIA passou a financiar e incentivar os militares a tomar o poder. No dia 11 de setembro daquele ano, o general Pinochet, que até então participara do governo de Allende, lidera as forças armadas na tomada do governo. Allende recusa-se a deixar o palácio de La Moneda, sede da presidência, que é bombardeado por aviões e tomado pelos militares. O presidente se suicida e Pinochet passa a governar. A repressão no Chile é intensa, o número de presos políticos foi tão grande nos primeiros dias que estádios de futebol foram transformados em prisões. Milhares de pessoas foram fuziladas e enterradas em covas coletivas. O governo militar acabou em 1990, quando Pinochet deixou o poder.
No começo da década de 1970, o Chile apresentava uma economia dependente dos investimentos externos (principalmente de multinacionais). Embora com boa industrialização, o sistema econômico chileno apresentava grandes desigualdades sociais, sendo que uma significativa parcela da sociedade vivia em situação de pobreza.

No campo político, o embate entre capitalistas e socialistas, reflexo da Guerra Fria, dividia o país. Os partidos conservadores queiram manter o alinhamento com os Estados Unidos, defendendo reformas moderadas dentro do sistema capitalista e da ordem política em vigor. Por outro lado, os socialistas queriam mudanças radicais através de uma revolução que pudesse promover rupturas econômicas, conduzindo o país para o campo do socialismo.

Em 1970, foi eleito para a presidência o socialista Salvador Allende com apoio da Unidade Popular (grupo de partidos de esquerda). A intenção deste governo era, através de reformas socialistas, combater a desigualdade social e promover o crescimento econômico. Desta forma, o Chile seria conduzido, sem violência, para um Estado socialista. Nacionalização de recursos minerais (principalmente o cobre) e reforma agrária eram os principais pilares de Allende. Porém, estas medidas consideradas socialistas despertaram forte contrariedade nas Forças Armadas do Chile, na classe média, no meio empresarial e também nos Estados Unidos, que não queriam o país alinhado com a União Soviética.

Em 1973, ano do golpe militar, a crise econômica se agravou. A inflação estava na casa dos 300% e o PIB em queda. Estes fatores geraram uma grande insatisfação com o governo socialista de Salvador Allende. 

Golpe Militar de 1973

Em 11 de setembro de 1973, as Forças Armadas do Chile, através de um golpe de Estado, derrubaram o governo de Salvador Allende e deram início a um governo militar no país. Durante o Golpe, o Palácio de La Moneda (sede do governo) foi bombardeado pelo exército. Salvador Allende, antes das tropas o prenderem, se suicidou. Começava assim a ditadura militar no Chile, que foi governado por quase 17 anos pelo general Augusto Pinochet.

Principais características políticas do regime militar chileno:

- Perseguição política e prisão aos opositores (políticos, artistas, estudantes, líderes sindicais, entre outros);

- Tortura, repressão violenta e execução de opositores;

- Censura às emissoras de rádio, jornais, televisão e outros meios de comunicação;

- Fechamento de partidos políticos;

- Violações aos direitos humanos;

- Restrição à liberdade de expressão;

- Política anticomunista;

- Alinhamento político ao bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos.

- Forma autoritária de governar.

 Características econômicas:

- Aumento da desigualdade social;

- Política econômica neoliberal;

- Abertura da economia para empresas multinacionais;

- Privatizações de empresas estatais;

- Redução de gastos do setor público;

- Controle de juros através do Banco Central;

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