quarta-feira, 17 de junho de 2020

Por Rafael Oliveira, G1 GO
 

Médica posta realidade em Cais: 'Continua fazendo festa que te espero no plantão'
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Médica posta realidade em Cais: 'Continua fazendo festa que te espero no plantão'
Em três horas de atendimento no Centro de Atenção Integral em Saúde (Cais) de Campinas, em Goiânia, a médica de urgência e emergência Thamine Mesquita do Vale assinava o terceiro pedido de internação para paciente com coronavírus. Ela decidiu desabafar sobre a gravidade da doença e postou uma foto em sua rede social com um alerta: "Continue fazendo festa que eu te vejo aqui no plantão".
Cerca de 60 a 70 pessoas com sintomas de Covid-19 procuram diariamente atendimento médico no Cais de Campinas, como explica a médica. Destes casos suspeitos, aproximadamente 10 acabam sendo internados.
Na manhã desta quarta-feira (17), todos os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para tratar casos suspeitos e confirmados de Covid-19 em hospitais públicos da capital estavam lotados.
"A coisa está bem feia. Só no Cais Campinas tem cerca de 60 a 70 atendimentos só de Covid-19 e pedimos internação para cerca de 10 pessoas e, às vezes, é preciso de internação para outras especialidades, porque tem acontecido casos de Covi-19 junto com outras doenças. Não é momento para fazer festa e esquecer que está acontecendo uma pandemia que está tirando tantas vidas", desabafa a médica.
Médica Thamine Mesquita desabafa em rede social sobre a gravidade da Covi-19, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Médica Thamine Mesquita desabafa em rede social sobre a gravidade da Covi-19, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Repercussão na internet

A foto mostrando que três internações já haviam sido solicitadas ainda de manhã foi postada na terça-feira (16) e, logo depois, viralizou. A médica diz que não esperava tanto impacto na internet.
"Fiquei impressionada com a repercussão", comenta Thamine Mesquita.
A médica disse se sentir frustrada ao sair nas ruas e ver as pessoas sem máscara de proteção facial e com poucos hábitos de higiene pessoal.
"Nós, como profissionais de saúde, após observar o que acontece com os doentes, ficamos frustrados de não ter apoio da população que fica dizendo que somos heróis. É muito ruim sair de casa e ver pessoas sem máscaras, como se estivesse tudo normal. Estão morrendo mais de 1 mil pessoas por dia por conta de uma doença", pondera.
fonte: G1 Goiás
Por Afonso Ferreira e Pedro Borges, G1 DF e TV Globo
 

Sara Giromini — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Sara Giromini — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
A extremista Sara Giromini, chefe do grupo "300 do Brasil", de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi transferida durante a tarde desta quarta-feira (17), da Polícia Federal para a Penitenciária Feminina de Brasília, conhecida como Colméia.
Ela estava detida, com prisão temporária, pela realização de atos antidemocráticos (veja mais abaixo). O advogado de Sara Giromini, diz que a prisão é política.
De acordo com o secretário de Administração Penitenciária do DF, Adval Cardoso, Sara Giromini vai ficar isolada em uma cela. Ela chegou na penitenciária por volta das 16h e ficará em quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus (leia íntegra da nota abaixo).

Namorado de Sara é detido

Adval Cardoso, secretário de Administração Penitenciária do DF
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Adval Cardoso, secretário de Administração Penitenciária do DF
Após a transferência, dois homens foram detidos por soltarem fogos de artifícios em direção ao prédio. Um deles, é namorado de Sara Giromini, identificado como Giovane Furtado.
O outro detido é Renan Morais. Conforme o secretário Adval Cardoso, os dois foram levados para a 20ª Delegacia de Polícia do Gama e autuados por perturbação do trabalho ou do sossego alheio.
Na delegacia, os policiais descobriram que havia um mandado de prisão em aberto contra Renan Morais, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o delegado, Rodney Martins, ele foi levado para a carceragem da Polícia Civil, no Departamento de Polícia Especializada (DPE). Já Giovane Furtado assinou termo de comparecimento à Justiça e foi liberado.
Extremista Sara Giromini é transferida da PF para penitenciária feminina de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
Extremista Sara Giromini é transferida da PF para penitenciária feminina de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
Na manhã desta quarta, Sara Giromini foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por injúria e ameaça contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Como punição, a ação sugere pagamento de "no mínimo" R$ 10 mil por danos morais.

Prisão temporária

Na segunda-feira (15), a Polícia Federal prendeu Sara Giromini em investigação que apura possível financiamento de atos antidemocráticos. Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, a prisão é temporária – vale por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco.
Além da extremista, outras cinco pessoas foram alvos de mandado de prisão. Segundo a investigação, eles são suspeitos de organizar e captar recursos para atos antidemocráticos e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional.
O grupo liderado por Sara começou a se concentrar em Brasília no dia 1° de maio, segundo o Ministério Publico. Eles instalaram acampamento na Esplanada dos Ministérios.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que, antes de desmobilizar as estruturas e determinar a saída dos manifestantes, fez "diversas tentativas de negociação". Os integrantes, no entanto, "insistiam em permanecer no local", disse a pasta.

Ligação com movimentos feministas

De feminista a chefe de grupo suspeito de ser “milícia armada”: quem é Sara Giromini?
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De feminista a chefe de grupo suspeito de ser “milícia armada”: quem é Sara Giromini?
Hoje apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e contrária ao movimento feminista, em 2014 Sara entrou com pedido de cassação do mandato de Bolsonaro, quando o atual mandatário do país atuava como deputado. Na época, ele havia declarado que "não estupraria a ex-ministra Maria do Rosário porque ela não merece".
Sara ficou conhecida anos antes, em 2012, quando participava do Femen, grupo feminista de origem ucraniana que organizou protestos na Eurocopa.
Seguindo os passos do Femen, em 2013, Sara também organizou manifestações pela não realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Ela chegou a ser detida em uma das manifestações por ato obsceno e por chamar policiais de "assassinos".
Nota da Secretaria de Administração Penitenciária do DF
"A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) esclarece que S.G. ingressou, na tarde desta quarta-feira (17), à Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), localizada na região administrativa do Gama.
A alocação da interna ao sistema prisional do DF segue protocolos sanitários adotados em todas as unidades prisionais devido à pandemia. Entre eles, a quarentena de 14 dias.
fonte: G1

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