domingo, 29 de março de 2020

Arte Indígena

“Somos parte da Terra e ela é parte de nós.”

Os olhos e as mentes intelectuais da humanidade começaram no século 20 a reconhecer os povos nativos como culturas diferentes das civilizações oficiais e vislumbraram contribuições sociais e ambientais deixadas pelos guerreiros que tiveram o sonho como professores. Mas, a maior contribuição que os povos da floresta pode deixar ao homem branco é a prática de ser uno com a natureza interna de si. A Tradição do Sol, da Lua e da Grande Mãe ensinam que tudo se desdobra de uma fonte única, formando uma trama sagrada de relações e inter-relações, de modo que tudo se conecta a tudo. O pulsar de uma estrela na noite é o mesmo que do coração. Homens, árvores, serras, rios e mares são um corpo, com ações interdependentes. Esse conceito só pode ser compreendido através do coração, ou seja, da natureza interna de cada um. Quando o humano das cidades petrificadas largarem as armas do intelecto, essa contribuição será compreendida. Nesse momento entraremos no Ciclo da Unicidade, e a Terra sem Males se manifestará no reino humano.
Um índio não chama nem a si mesmo de índio esse nome veio trazido pelos colonizadores no século 16. O índio mais antigo desta terra hoje chamada Brasil se autodenomina Tupy, que significa “Tu” (som) e “py” (pé), ou seja, o som-de-pé, de modo que o índio é uma qualidade de espírito posta em uma harmonia da forma.


Conforme o mito Tupy-Guarani, o Criador, cujo coração é o Sol, o tataravô desse Sol que vemos, soprou seu cachimbo sagrado e da fumaça desse cachimbo se fez a Mãe Terra. Chamou sete anciães e disse: ‘Gostaria que criassem ali uma humanidade’. Os anciães navegaram em uma canoa que era como cobra de fogo pelo céu; e a cobra-canoa levou-os até a Terra. Logo eles criaram o primeiro ser humano e disseram: ‘Você é o guardião da roça’. Estava criado o homem. O primeiro homem desceu do céu através do arco-íris em que os anciães se transformaram. Seu nome era Nanderuvuçu, o nosso Pai Antepassado, o que viria a ser o Sol. E logo os anciães fizeram surgir das Águas do Grande Rio Nanderykei-cy, a nossa Mãe Antepassada. Depois eles geraram a humanidade, um se transformou no Sol, e a outra, na Lua. São nossos tataravôs. ”
Extraído do livro A Terra dos Mil Povos: História Indígena Brasileira Contada Por Um Índio, de Kaká Werá Jecupé, 1998, 4ª edição, Editora Petrópolis.
Esta história revela o jeito do povo indígena de contar a sua origem, a origem do mundo, do cosmos, e também mostra como funciona o pensamento nativo. Os antropólogos chamam de mito, e algumas dessas histórias são denominadas de lendas.
ARQUITETURA
Taba ou Aldeia é a reunião de 4 a 10 ocas, em cada oca vivem várias famílias (ascendentes e descendentes), geralmente entre 300 a 400 pessoas. Esse tipo de construção foi usado em grande escala pelos índios tupis e guaranis do sul do Brasil.
O lugar ideal para erguer a taba deve ser bem ventilado, dominando visualmente a vizinhança, próxima de rios e da mata. A terra, própria para o cultivo da mandioca e do milho.
No centro da aldeia fica a ocara, a praça. Ali se reúnem os conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, é o lugar das grandes festas. Dessa praça, partem trilhas que levam à roça, ao campo e ao bosque.
Destinada a durar no máximo 5 anos a oca é erguida com varas, fechada e coberta com palhas ou folhas. Não recebe reparos e quando inabitável os ocupantes a abandonam. Não possuem janelas, têm uma abertura em cada extremidade e em seu interior não tem nenhuma parede ou divisão aparente.
As formas das casas variam segundo os costumes de cada grupo, podem ser circulares, retangulares, pentagonais, ovais, etc. O contato com os não índios influenciou em muitas mudanças ocorridas tanto no formato de aldeias e casas, quanto no material utilizado para a construção em algumas sociedades indígenas.
TIPOS DE HABITAÇÕES INDÍGENAS
A oca é uma a mais comum habitação indígena, principalmente entre os índios da família tupi-guarani. Consiste em uma grande cabana, feita com troncos de árvores e cobertas com palha ou tranco de palmeira. Na oca, podem viver várias famílias de uma mesma tribo.
Maloca é um tipo de cabana comunitária usada pelos indígenas da região amazônica (principalmente do Brasil e Colômbia). Cada tribo desta região possui este tipo de habitação com características específicas.
Taba é menor que a oca. Também de origem tupi-guarani, é um termo mais usado pelas tribos da Amazônia. Nesta região também serve para designar aldeamento indígena.
Opy é uma espécie de casa de rezas dos índios. Servem também para a realização de festas religiosas e rituais sagrados.
PINTURA CORPORAL E ARTE PLUMÁRIA 
Eles pintam o corpo para enfeitá-lo e também para defende-lo contra o Sol, os insetos e os espíritos maus. Também para revelar de quem se trata, como está se sentindo e o que pretende.
As cores e os desenhos ‘falam’, dão recados. Caprichar na tinta, nas cores e nos desenhos garantem boa sorte na caça, na guerra, na pesca, na viagem.
Cada tribo e cada família desenvolvem padrões de pintura fiéis ao seu modo de ser. Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples, porém nas festas, nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, as faces e o nariz.
A pintura corporal é geralmente uma função feminina; a mulher pinta os corpos dos filhos e do marido.
Assim como a pintura corporal, a arte plumária serve para se enfeitar, como mantos, máscaras, cocares, e passam aos seus portadores elegância e majestade. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas apenas a pura busca da beleza.
A ALDEIA CABE NO COCAR
A disposição e as cores das penas do cocar não são aleatórias. Além de bonito, ele indica a posição de chefe dentro do grupo e simboliza a própria ordenação da vida em uma aldeia Kayapó.
Em forma de arco, uma grande roda a girar entre o presente e o passado. “É uma lógica de manutenção e não de progresso”, explica Luis Donisete Grupioni. A aldeia também é disposta assim. Lá, cada um tem seu lugar e sua função determinados.
A cor mais forte (vermelho) representa a casa dos homens, que fica bem no coração da aldeia. É a “prefeitura” Kayapó, presidida apenas por homens. Aí eles se reúnem diariamente para discutir caçadas, guerras, rituais e confeccionar adornos, como colares e pulseiras.
O amarelo refere-se às casas e às roças, áreas dominadas pelas mulheres. Nesses espaços, elas pintam os corpos dos maridos e dos filhos, plantam, colhem e preparam os alimentos. Esses lugares têm a mesma distância em relação à casa dos homens.
O verde representa as matas, que protegem as aldeias e ao mesmo tempo são a morada dos mortos e dos seres sobrenaturais. São consideradas um lugar perigoso, já que fogem ao controle dos Kayapós.
TRANÇADOS E CERÂMICA
A variedade de plantas que são apropriadas ao trançado no Brasil dá ao índio uma inesgotável fonte de matéria prima. É trançando que o índio constrói a sua casa e uma grande variedade de utensílios, como cestos para uso doméstico, para transporte de alimentos e objetos trançados para ajudar no preparo de alimentos (peneiras), armadilhas para caça e pesca, abanos para aliviar o calor e avivar o fogo, objetos de adorno pessoal (cocares, tangas, pulseiras), redes para pescar e dormir, instrumentos musicais para uso em rituais religiosos, etc. Tudo isso sem perder a beleza e feito com muita perfeição.
A cerâmica destacou-se principalmente pela sua utilidade, buscando a sua forma, nas cores e na decoração exterior, o seu ponto alto ocorreu na ilha de Marajó.
MARAJOARA
Os marajoaras vieram do noroeste da América do Sul e chegaram à Ilha de Marajó, por volta de 400 d.C. sendo a quarta fase de ocupação da ilha. Na região centro-oeste do local, a qual ocuparam, construíram habitações, cemitérios e locais de ritualísticos.
Sua principal arte era a cerâmica, que podia ser de uso doméstico (para guardar mantimentos, simples e não apresentavam a superfície decorada), cerimonial (uso festivo ou homenagens fúnebres, eram bem decorados, caracterizados por apresentar desenhos, cortes na cerâmica ou em alto relevo), ou funeral (decoradas com desenhos labirínticos).
A cerâmica marajoara foi descoberta em 1871 quando dois pesquisadores visitavam a Ilha de Marajó. Impressionados com o que viram, publicaram um artigo em uma revista científica, revelando ao mundo a então desconhecida cultura marajoara.
Além da cerâmica, os marajoaras produziam bancos, colheres, apitos, adornos para orelha e lábios e estatuetas humanas, que chamam a atenção por serem pouco realistas e mais estilizadas, ou seja, sem preocupação com a fidelidade à realidade.
URNAS FUNERÁRIAS
Para fazer o enterramento de seus mortos o povo Marajoara descarnificava os corpos. Somente os ossos, limpos e pintados de vermelho, eram depositados nas urnas, pois eles acreditavam que os ossos constituíam o depósito da alma e as urnas seriam o meio para a passagem a uma outra vida. Junto com os ossos também são encontrados objetos de uso pessoal como bancos, tangas, pingentes e colares.
SANTARÉM
Diferentemente das divisões feitas com os povos na ilha de Marajó, as populações que habitavam a região próxima a junção dos rios Tapajós e Amazonas, a cultura Santarém não foi dividida em nenhuma fase e seus vestígios culturais foram englobados em um complexo chamado de cultura Santarém.
Sua maior forma de produção também foi com a cerâmica. A cerâmica santarena apresenta decoração bastante complexa e refinada: além de pinturas e desenhos, as peças têm ornamentos em relevo, com figuras humanas ou de animais. Um dos recursos que mais chama a atenção nos vasos da cultura santarena é a presença de cariátides: figuras humanas que parecem sustentar ou apoiar a parte superior do vaso.
Além de vasos, a cultura Santarém produziu ainda cachimbos, cuja decoração por vezes já sugere a influência dos primeiros colonizadores europeus, e estatuetas de formas variadas. Diferentemente das estatuetas marajoaras, as da cultura Santarém apresentam maior realismo, pois reproduzem mais fielmente os seres humanos ou animais que representam.
A cerâmica santarena refinadamente decorada com elementos em relevo perdurou até a chegada dos colonizadores portugueses. Mas, por volta do século XVII, os povos que a realizavam foram perdendo suas peculiaridades culturais e sua produção acabou por desaparecer.

SaibaMaisHerdamos alguns termos indígenas na arquitetura, como biboca (casa pequena),  caiçara (palhoça),  capuaba (casa da roça),  copé (cabana de palha),  copiar (varanda),  favela (casa miserável cujo significado indígena é urtiga), jirau (armação para guardar apetrechos, cama de varas), maloca (o mesmo que favela; e, em tupi quer dizer casa grande), oca (cabana; em tupi significa casa), poperi (abrigo provisório), taba (aldeia indígena),  tapiri (choça),  tijupá  ou  tijupara  (cabana de índio), urupema (peneira; por extensão, ramado semelhante usado na vedação de portas, janelas e de forro).

domingo, 22 de março de 2020

arte no Egito e Mesopotamia

aula de artes 1 ano
A Mesopotâmia

No Crescente Fértil, floresceu, no mesmo período que o Império egípcio, a civilização mesopotâmica. O termo Mesopotâmia significa "região entre rios", pois está situada entre os rios Tigre e Eufrates, onde predominavam condições semelhantes às do Egito.
A cultura mesopotâmica conheceu um relativo desenvolvimento das artes plásticas, principalmente pelo fato de que, não havendo interferência religiosa, os artistas tinham plena liberdade de expressão. O apogeu artístico dos mesopotâmicos foi a arquitetura, que se destacou pelos zigurates, torres em forma de pirâmide. Os zigurates tinham sete andares de seis metros de altura cada um. Tamanha altura simbolizava a crença mesopotâmica que os deuses habitavam nas alturas. A construção dos zigurates se deu a uma série de soluções arquitetônicas originais, tais como a abóbada e o arco, invenções babilônicas.
A Babilônia - cidade na mesopotâmia e berço da arte na antiguidade - foi uma cidade cujo esplendor ofuscava todas as outras do Oriente Médio. Durante o reinado de Nabucodonosor, foram feitas construções monumentais como a Torre de Babel e os Jardins Suspensos da Babilônia. A Torre de Babel tinha noventa metros de altura.
Os Jardins Suspensos da Babilônia é uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Os Jardins eram compostos de quatro terraços de tijolo erguendo-se sobre o rio Eufrates.

O Egito

As ideias e práticas religiosas do Egito eram diretamente refletidas na sua arte. Fundamentalmente, a religiosidade egípcia tinha duas grandes preocupações: a vida futura e a morte. Exemplos disso são as tumbas e templos em culto à vida pós-morte.
Do ponto de vista arquitetônico, o antigo Egito foi marcado pela edificação de portentosos templos religiosos e de grandiosas tumbas que serviam como túmulos para faraós e seus familiares.
AS PIRÂMIDES
Para os egípcios, a morte seria uma viagem em rumo ao reino das divindades. Essa jornada deveria ser cuidadosamente planejada para que o morto, principalmente se tivesse posses, conseguisse reunir todas as melhores condições possíveis para viver na eternidade.
As pirâmides egípcias foram construídas para servir como túmulos de faraós e de nobres. Os egípcios acreditavam que o espírito de uma pessoa permaneceria vivo pós-morte se seu corpo fosse bem conservado. Por essa razão, os egípcios criaram técnicas extraordinariamente desenvolvidas de embalsamamento.
Portanto, os egípcios conservavam os corpos mumificando-os e os enterravam nos túmulos dentro das pirâmides. Os cadáveres eram enterrados com roupas, joias, comida, tecidos finos, alguns escravos e tudo mais que os mortos supostamente precisariam na vida após a morte. Mas nem todos os egípcios eram mumificados, pois o processo de mumificação era caro e complicado. A maioria das pessoas que não pertenciam à nobreza era enterrada após falecer.
As grandes pirâmides de Gizé em Mênfis na margem ocidental do rio Nilo.  Sua posição foi escolhida em função do pôr-do-sol, símbolo da morte e ressurreição no antigo Egito.
Os hieróglifos pintados nas paredes dos túmulos contavam com detalhes a história da vida do falecido.
Das quase setenta pirâmides que sobreviveram até os nossos dias, a maior é de Quéops, em seguida de Quéfren e Miquerinos. A pirâmide de Quéops foi construída em 2600 a.C. e tem uma base de 52 quilômetros quadrados, em um quadrado perfeito. Quéops é um exemplo da avançada engenharia egípcia. Pequenas câmaras foram feitas dentro da pirâmide. Essas câmaras permanecem intactas, apesar do enorme peso das pedras acima, devido a uma técnica precisa de engenharia.  Nos dias de hoje, qualquer pessoa visitando Giza pode ver as pirâmides.
AS ARTES PLÁSTICAS
A pintura egípcia, embora desconhecesse a noção de perspectiva, buscou, com talento e beleza, representar deuses, faraós e o esplendor da nobreza. O tamanho da figura numa pintura egípcia indicava a sua importância social. Faraós eram pintados como gigantes entre escravos; servos eram retratados como se fossem anões.
As pinturas e hieróglifos contavam histórias detalhadamente, representadas por quilômetros de desenhos.
As estátuas egípcias eram feitas de granito ou diorito, materiais resistentes, pois eram feitas com o objetivo de durar para sempre.
A arquitetura, como já vimos ao estudar as pirâmides, expressava o poder do Estado Faraônico através de formas grandiosas. Outros exemplos são os templos de Luxor e Karna

romantismo

ROMANTISMO
O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas por acontecimentos do final do século XVIII pela Revolução Industrial, que gerou novos inventos com o objetivo de solucionar os problemas técnicos decorrentes do aumento de produção, provocando a divisão do trabalho e o início da especialização da mão-de-obra, e pela Revolução Francesa, que lutava por uma sociedade mais harmônica, em que os direitos individuais fossem respeitados, traduziu-se essa expectativa na Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão. Do mesmo modo, a atividade artística tornou-se mais complexa.
Um dos primeiros movimentos artísticos que surge em reação ao Neoclassicismo do século XVIII é o Romantismo e historicamente situa-se entre 1820 e 1850. Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista.
O termo romântico foi empregue pela primeira vez na Inglaterra para definir o tema das novelas pastoris e de cavalaria que existiam nessa época. Romântico significava pitoresco: expressão de uma emoção que é definida e que foi provocada pela visão de uma paisagem.
O termo romântico passou depois a ser adotado no movimento artístico-filosófico Romantismo, que seguiu as ideias políticas e filosóficas do século das luzes (liberdade de expressão e afirmação dos direitos dos indivíduos) e também as ideias de um movimento alemão chamado – Strürm und Drang (que tinha como principais elementos o sentimento e a natureza).

Características

Cultivo da emoção, da fantasia, do sonho, da originalidade, evasão para mundos exóticos onde se podia fantasiar e imaginar;
Exaltação da natureza;
Gosto pela Idade Média (porque tinha sido o tempo de formação das nações);
Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, liberdade do povo);
Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não é um ser pessoal distinto do mundo, Deus e o mundo seriam uma só substância);
Individualismo, visão de mundo centrada nos sentimentos do indivíduo.
Subjetivismo, o artista idealiza temas, exagerando em algumas das suas características (por exemplo, a mulher é vista como uma virgem frágil; a noção de pátria também é idealizada).
É na Alemanha que se manifesta pela primeira vez a estética da interioridade, que considera a arte como um instrumento para se atingir o cerne da criação, para se entrar em contato com a natureza infinita, através do sentimento sublime.

É o início da pintura moderna de paisagem, capaz de exprimir, melhor do que outro, certos aspectos da sensibilidade do homem oitocentista.

No século XIX aparece um movimento de reação que procura os fundamentos da arte nas antigas realidades nacionais. O gosto pela arqueologia torna-se extensivo à Idade Média e redescobre-se o românico e o gótico, que os artistas tentam fazer reviver em suas obras. Dedicam-se à redescoberta das técnicas construtivas desses dois estilos, chegando à conclusão que as soluções técnicas da Idade Média eram tão racionais como as clássicas greco-romanas.

O romantismo procura elementos rústicos e entrega-se às realizações espontâneas, o que dá origem à incorporação, na nossa cultura, de vários conhecimentos acumulados pelos povos primitivos ou que se desenvolveram longe da Europa civilizada. Isto leva ao estudo das artes chinesa, japonesa, indiana e a africana.

Com o regresso à Idade Média, o romantismo recusa as regras impostas pelas academias neoclássicas, pois estas eram inspiradas nos valores clássicos (ordem, proporção, simetria e harmonia).

Os arquitetos românticos preferem:

Irregularidades nas estruturas espaciais e volumétricas;
Preferência pelas geometrias mais complexas e pelas formas curvas;
Efeitos de luz;
Movimentos dos planos;
Pitoresco de decoração (tudo o quer pode ser pintado ou representado em imagem).
Com a recuperação das formas artísticas medievais (românico e o gótico) acompanhada do gosto pelo exótico contido nas culturais orientais (bizantina, chinesa e árabe) evidenciando as características de revivalismo, ecletismo, historicismo e exotismo.

Exemplos de arquitetura romântica

Construções Neogóticas
O novo edifício do parlamento inglês, que tomou lugar do antigo Palácio de Westminster, destruído por um incêndio em 1834, é um testemunho de revivalismo gótico e do entusiasmo dos ingleses por este estilo.
O incêndio destruiu grande parte da construção, apenas o Westminster Hall, a Torre das Joias, a cripta da Capela de Santo Estevão e os claustros sobreviveram. Foi nomeada uma Comissão Real para estudar a reconstrução do palácio e decidir se este deveria ser reedificado no mesmo local, bem como o estilo que deveria seguir. Foi decidido que deveria evitar-se um traço neoclássico, semelhante ao da Casa Branca ou do Capitólio, ambos nos Estados Unidos, devido às suas conotações com a revolução e o republicanismo. O estilo gótico incorporava valores conservadores. Em 1836, depois de estudar 97 propostas rivais, a Comissão Real escolheu o projeto de Charles Barry para um palácio em estilo gótico. A Primeira Pedra foi colocada em 1840; a Câmara dos Lordes ficou completa em 1847 e a Câmara dos Comuns em 1852. Apesar de a maior parte do trabalho estar pronta em 1860, a construção só foi finalizada uma década depois.
Em Paris temos a Igreja de Santa Clotilde que na sua construção foram utilizados materiais modernos, exemplo disso é a abóboda central construída com vigas de ferro e aço. A restauração da igreja de Notre-Dame de Paris, por Viollet-le-Duc, também utilizou elementos de construção modernos.

quinta-feira, 19 de março de 2020

atividade arte contemporânea

ARTE CONTEMPORÂNEA - texto e atividade
que tal uma boa leitura acompanhada de um saboroso café, e, logo em seguida responder algumas atividades. vamos lá então?. Respondam as questões no caderno.

Beatriz Milhazes e a obra mais cara do mundo
Você sabia que a artista plástica da atualidade mais valorizada é uma brasileira. Trata-se de Beatriz Milhazes, que no ano de 2012 conseguiu que sua tela “Meu Limão” fosse arrematada por 2,1 milhões de dólares (mais de 4 milhões de reais).
Meu Limão – obra de Beatriz Milhazes que a colocou novamente no posto de artista brasileira viva com obra mais cara vendida em leilão
Milhazes já havia conquistado recorde em um leilão em 2008 com a pintura “O Mágico”, vendida por 1,049 milhão de dólares, cerca de 2,17 milhões de reais.

O Mágico, de Beatriz Milhazes
A artista iniciou sua carreira nas artes em 1981, ano em que ingressou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Na década, Beatriz Milhazes fez parte das exposições que caracterizavam a Geração 80, grupo de artistas que buscavam retomar a pintura em contraposição à vertente conceitual dos anos 1970, com pesquisa de novas técnicas e materiais. Mas só a partir de 1990 que Milhazes passa a destacar-se em mostras internacionais nos Estados Unidos e Europa e integra acervos de museus como o MoMa, Guggenheim e Metropolitan em Nova York.
Mais uma das obras de Milhazes
O lixo vira luxo com Vik Muniz
Já Vik Muniz (nascido no ano de 1961) é um dos grandes nomes da arte brasileira graças a materiais geralmente descartados. Muniz usa lixo e componentes como chocolate e açúcar em suas obras. Ele é tão famoso internacionalmente que no ano de 2010 ganhou um vídeo documentário sobre suas obras intitulado “Lixo Extraordinário”. “Não é bem o material ou o tema, o inusitado é como essas coisas se relacionam”, ressaltou o artista.
Retrato de Monalisa em geleia e pasta de amedoim
O artista trabalha com lixo e materiais descartáveis

Pictures of People, de 2009, criou o logo da Louis Vuitton com pessoas e virou estampa de um lenço comemorativo
Cor e vida nas obras de Romero Britto
            Já João Gullart, de nome artístico Romero Britto, iniciou sua carreira aos 18 anos, embora desde criança já demonstrasse talento. Suas obras são conhecidas pela profusão de cores e influência de movimentos como a pop art e até as histórias em quadrinhos. Pernambucano radicado em Miami, em 2005 Britto foi nomeado Embaixador das Artes do Estado da Flórida. O artista também já expôs suas obras em um dos museus mais famosos do mundo, o Louvre, em Paris.

A New Day, de Romero Britto
O Abraço, mais uma obra de Romero Britto

Cores e mais cores em Abaporu
Atividades
1)    Quais dos artistas apresentados no texto você já estudou na disciplina de arte?
2)    Qual o nome da tela contemporânea mais cara citada aqui no texto?
3)    Quais as características da obra de Romero Brito?
4)    Qual o verdadeiro nome de Romero  Brito?
5)    Qual cargo importante Romero Brito já teve nos E.U.A?
6)    Quem é Vik Muniz?
7)    Quais são os materiais que Vik Muniz utiliza em suas obras de arte?
8)    Faça a releitura do quadro Abaporu de Romero Brito?
Escolha uma das   obras de Beatriz Milhazes e faça a releitura.


  Prof. Lemuel História da Arte O ARTISTA  EXPRESSA O SEU TEMPO, ATRAVÉS DO QUE ELE VÊ. Competência:   Compreender a arte como saber cul...