segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Arte no Antigo Egito






No Antigo Egito, a ideia de que o desenvolvimento das artes constituía um campo autônomo de sua cultura não corresponde ao espaço ocupado por esse tipo de prática. Assim como em tantos outros aspectos de sua vida, os egípcios estabeleciam uma forte aproximação de suas manifestações artísticas para com a esfera religiosa. Dessa forma, são várias as ocasiões em que percebermos que a arte dessa civilização esteve envolta por alguma concepção espiritual.
A temática mortuária era de grande presença. A crença na vida após a morte motivava os egípcios a construírem tumbas, estatuetas, vasos e mastabas que representavam sua concepção do além-vida. As primeiras tumbas egípcias buscavam realizar uma reprodução fiel da residência de suas principais autoridades. Em contrapartida, as pessoas sem grande projeção eram enterradas em construções mais simples que, em certa medida, indicava o prestígio social do indivíduo.

O processo de centralização política e a divinização da figura do faraó tiveram grande importância para a construção das primeiras pirâmides. Essas construções, que estabelecem um importante marco na arquitetura egípcia, têm como as principais representantes as três pirâmides do deserto de Gizé, construídas pelos faraós Queóps, Quéfren e Miquerinos. Próxima a essas construções, também pode se destacar a existência da famosa esfinge do faraó Quéfren.

Tendo funções para fora do simples deleite estético, a arte dos povos egípcios era bastante padronizada e não valorizava o aprimoramento técnico ou o desenvolvimento de um estilo autoral. Geralmente, as pinturas e baixos-relevos apresentavam uma mesma representação do corpo, em que o indivíduo tinha seu tronco colocado de frente e os demais membros desenhados de perfil. No estudo da arte, essa concepção ficou conhecida como a lei da frontalidade.

Ao longo do Novo Império (1580 – 1085 a.C.), passados os vários momentos de instabilidade da civilização egípcia, observamos a elaboração de novas e belas construções. Nessa fase, destacamos a construção dos templos de Luxor e Carnac, ambos dedicados à adoração do deus Amon. No campo da arte funerária, também podemos salientar o Templo da rainha Hatshepsut e a tumba do jovem faraó Tutancâmon, localizado no Vale dos Reis.

A escultura egípcia, ao longo de seu desenvolvimento, encontrou características bastante peculiares. Apesar de apresentar grande rigidez na maioria de suas obras, percebemos que as estátuas egípcias conseguiam revelar riquíssimas informações de caráter étnico, social e profissional de seus representados. No governo de Amenófis IV temos uma fase bastante distinta em que a rigidez da escultura é substituída por impressões de movimento.

Passado o governo de Tutancâmon, a arte egípcia passou a ganhar forte e clara conotação política. As construções, esculturas e pinturas passaram a servir de espaço para o registro dos grandes feitos empreendidos pelos faraós. Ao fim do Império, a civilização egípcia foi alvo de sucessivas invasões estrangeiras. Com isso, a hibridação com a perspectiva estética de outros povos acabou desestabilizando a presença de uma arte típica desse povo.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O ano em que meus pais saíram de férias


Essa historia se passa em 1970 e tem uma visão bem interessante sobre a Ditadura Militar. Este filme pode ajudar, quem vai prestar Enem, vestibular, em trabalhos escolares e etc e tals! Enfim conhecer a historia do nosso país só agrega conhecimento...

“As paredes têm ouvidos. Seus ouvidos têm paredes."

1968

O ano que não terminou
Por Claudio Recco

Introdução
O ano de 1968 ficou marcado na História. Vários movimentos sociais importantes ocorreram no Brasil e no mundo e foram destacados em 2008, quarenta anos depois. O ano que não terminou é o subtítulo do livro de Zuenir Ventura, uma expressão que se tornou marcante numa referência aos acontecimentos de 68, prova disso é a constante rememoração da data e de seus eventos. O mundo foi sacudido por diversas rebeliões, na Argentina, Chile, México, Costa Rica, Itália, Inglaterra, Estados Unidos e Tchecoslováquia, dentre outros países. Revoltas sociais e políticas em diversos países, associadas à revolta comportamental.
Nos anos 60 a juventude descobriu que era jovem, que podia realizar suas aspirações e não apenas se preparar para a “vida adulta”. Foi o momento em que os jovens tomaram consciência de seu papel na crítica aos modelos predominantes e nas possíveis mudanças, tanto no campo político, como social, comportamental, destacando-se principalmente o novo vestuário e as novas expressões musicais, como formas que caracterizam a mudança de comportamento, junto as críticas aos modelos políticos tradicionais. Se do ponto de vista comportamental há grande semelhança entre os jovens de diversos países, do ponto de vista político, cada país teve suas especificidades, destacando-se um avanço das posições políticas mais “ à esquerda” na maioria dos casos.

Brasil
No Brasil, o quarto ano de governo militar foi marcado pelo aumento dos movimentos de protesto. Muitos políticos tradicionais, líderes partidários e sindicais estavam presos ou exilados, ao mesmo tempo em que a tentativa de criar uma oposição moderada – Frente Ampla – fracassava.
Operários e estudantes foram os principais grupos que se chocaram com a ordem vigente.
Um dos momentos mais marcantes da história de 68 foi o assassinato do estudante Edson Luis pela polícia, quando participava de um protesto no Rio de Janeiro, no restaurante Calabouço. No dia seguinte, seu enterro foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas, transformando-se na maior manifestação contra a ditadura militar.
A partir de maio, os estudantes realizam a ocupação de Universidades. A medicina em Belo Horizonte, a reitoria da USP, o prédio da PUC-SP e a UNB foram tomadas por universitários, ao mesmo tempo em que a reação do governo se dava pelo recrudescimento da repressão. As passeatas se multiplicavam pelo país, sempre seguidas da força miliatar.

Cem Mil
No dia 26 de junho de 1968, cerca de cem mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a ditadura militar até então. A manifestação, iniciada a partir de um ato político na Cinelândia, pretendia cobrar uma postura do governo frente aos problemas estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com o governo; dela participaram também intelectuais, artistas, padres e grande número de mães de estudantes.
O movimento estudantil manifestava-se não apenas contra a ditadura, mas também contra a política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização. A política de privatização tinha dois sentidos: o estabelecimento do ensino pago (principalmente no nível superior) e o direcionamento da formação educacional dos jovens para o atendimento das necessidades econômicas das empresas capitalistas (mão de obra especializada). Essas expectativas correspondiam a forte influência norte-americana exercida através de técnicos da USAID que atuavam junto ao MEC por solicitação do governo brasileiro, gerando uma série de acordos que orientavam a política educacional brasileira.

Os outros
Mas quem formava a juventude rebelde? Quem participava dos movimentos eram jovens de classe média e de famílias pobres, mas ainda fora do mercado de trabalho. Os estudantes universitários que se organizavam e se manifestavam pertenciam essencialmente à classe média. Os estudantes mais elitizados ou não participaram diretamente ou o fizeram do “outro lado”, ou seja, para defender a ditadura, ou mesmo para defender a moral e os costumes tradicionais, rejeitados naquele momento. Diversas associações conservadores se organizaram e a que mais de destacou foi o CCC (Comando de caça aos comunistas), que promoveu o incêndio da sede da UNE em 1964 e o confronto com os estudantes da USP em 1968 na “Batalha da Maria Antonia” – o nome é uma referência a rua Maria Antonia, onde ficava a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP e a Universidade Mackenzie, está última reduto do CCC e que culminou com a morte de um estudante baleado na cabeça e diversos feridos. É verdade que não podemos considerar que todo estudante da USP estava vinculado a grupos de esquerda, assim como o mesmo vale para os estudantes do Mackenzie, sendo a minoria ligada ao CCC.
Nesse mesmo ano o CCC havia invadido o teatro Ruth Escobar, onde era encenada a peça Roda Viva de Chico Buarque de Holanda, agredindo atores e público e destruindo parte das instalações.

AI-5
No dia 2 de setembro o deputado federal Márcio Moreira Alves, do MDB do RJ, discursou na Câmara dos Deputados, contra a invasão policial da Universidade de Brasília e propôs  que o povo boicotasse a comemoração do dia 7 de setembro, pedindo ainda para que as moças não dançarem com cadetes. A reação dos generais é de irritação, e eles pressionam a Câmara pela cassação do deputado. No dia 12 de dezembro a Câmara dos Deputados negou a licença para o governo processar o deputado Márcio Moreira Alves e no dia seguinte o general Costa e Silva, presidente do Brasil, mandou fechar o Congresso Nacional e decretou o AI-5 (Ato Institucional número 5), dando início ao período de maior centralização e violência da ditadura militar.
O Ato Institucional nº 5 (AI-5) acentuou o caráter ditatorial do governo. O Congresso Nacional e as Assembléias Legislativas estaduais foram colocados em recesso, e o presidente, à época o general Costa e Silva, passou a ter plenos poderes para cassar mandatos eletivos, suspender direitos políticos, demitir ou aposentar juízes e outros funcionários públicos, suspender o habeas-corpus em crimes contra a segurança nacional, legislar por decreto, julgar crimes políticos em tribunais militares, dentre outras medidas autoritárias. Paralelamente, nos porões do regime, generalizava-se o uso da tortura, do assassinato e de outros desmandos. Tudo em nome da "segurança nacional".

A música
A música de 68 também foi peculiar. Ano do lançamento do movimento do Tropicalismo, uma nova vertente musical que não estava engajada politicamente, mas representava uma crítica ao conservadorismo e a situações impostas. Outro grande destaque na música foi o festival da TV Globo, quando a música “Pra não dizer que não falai das flores” (caminhando) de Geraldo Vandré, apesar da segunda colocação, ornou-se o símbolo da resistência e hino dos estudantes que lutavam contra a ditadura militar.

EUA
O ano de 68 foi marcante nos Estados Unidos. O avanço do movimento negro em todo o país deu a tônica das tensões sociais internas. O assassinato de Martin Luther King, líder da luta pelos direitos civis dos negros acirrou a crise e a radicalização. O grupo “panteras negras” divergia do pacifismo predominante até então e passou a ocupar maior espaço na sociedade, na luta dos negros. Os mais moderados defendiam que as escolas e universidades ensinassem a história dos negros americanos e de suas lutas políticas, enquanto os mais radicais defendiam uma espécie de nacionalismo negro, julgando que os negros deveriam tomar o poder através da força e controlar o Estado, estabelecendo um” poder negro”. Nessa onda de radicalismo, os defensores do Black power procuravam novas formas de manifestação artística e expressão própria na arte, a moda e até nos cortes de cabelo genuinamente africanos.
Crescia a resistência ao serviço militar e à Guerra do Vietnã. No mundo inteiro eram feitas manifestações nas universidades e nas ruas. Protestos durante a convenção do Partido Democrata em Chicago, se transformaram numa batalha entre jovens e policiais.

Vietnã
Um dos principais momentos da guerra ocorreu em 1968, quando tropas do norte e dos vietcongs desfecharam a Ofensiva do Tet, comandada pelo General Giap, alcançando Saigon (capital do sul) e outras cidades importantes, impondo importantes derrotas aos norte americanos. A ofensiva foi fundamental para que a opinião pública nos Estados Unidos começasse a mudar de opinião sobre a guerra, sentimento reforçado quando tropas dos Estados Unidos promovem o “Massacre de My Lay” e matam 567 homens, mulheres e crianças na aldeia vietnamita de Tuongan.

A Primavera de Praga
Foi na década de 60 que a crise da burocracia soviética produziu seus efeitos na Tchecoslováquia. Desde as denúncias dos crimes de Stálin por Nikita Kruschev, os velhos dirigentes dos Partidos Comunistas em diversos países eram questionados e derrubados. Em Praga, foi em 1967 que diversas manifestações de intelectuais passaram a exigir reformas políticas e sociais, ganhando rapidamente o apoio de estudantes e posteriormente de operários.
No inicio de 1968, reflexo das manifestações sociais, o Partido Comunista substitui os antigos dirigentes por uma nova geração, liderada por Alexander Dubcek, com um discurso liberal, que propunha reformar o país para o desenvolvimento do socialismo com liberdade, preservando, porém, os vínculos  com a União Soviética. O aprofundamento da aliança de trabalhadores e estudantes fez com que o novo governo de Dubcek organizasse um plano de ação com importantes mudanças para um “socialismo de face mais humana”, que desagradava à burocracia soviética, responsável pela mobilização das tropas do Pacto de Varsóvia e pela invasão do país.
Em Praga, as ruas foram tomadas pelos jovens. As rádios foram usadas para organizar a resistência. Para desorientar os invasores, as placas das ruas eram destruídas ou trocadas. Nos muros, surgiam pichações como "Lênin, levante-se. Brejnev está louco!" ou "O Circo soviético está de novo em Praga". A prisão dos líderes do PC e a repressão determinaram o fim da “Primavera de Praga”.


França
O movimento estudantil organizou em um movimento contra as reformas do ensino superior, propostas pelo governo do General Charles De Gaulle – o grande herói da II Guerra Mundial. A ocupação da universidade de Nanterre deu inicio aos protestos que já se organizavam a mais de ano, porém foi a ocupação da Sorbonne e a reação policial e governamental que desencadearam o “maio de 68”.
A repressão policial aos estudantes, com mais de 600 presos, teve como efeito a ampliação do movimento, que extrapolou os muros das universidades e ganhou as ruas, que extrapolou o âmbito estudantil e arrebanho diferentes setores de trabalhadores. No dia 10 de maio a França viveu a maior manifestação de massas do pós guerra, com mais de 1 milhão de estudantes e trabalhadores nas ruas, que transforma o movimento numa grande contestação a política do governo De Gaulle.
A paralisação das atividades econômicas forçou o governo a uma atitude mais radical e a política adotada foi a de fortalecer o poder. A Assembléia Nacional foi fechada, líderes sindicais e estudantis foram presos e novas eleições legislativas convocadas que, realizadas no mês seguinte, deram a vitória a De Gaulle.
O movimento francês foi uma revolução política e, mesmo derrotado, abriu o caminho para um conjunto de mudanças sociais e culturais, além que garantir a ampliação de direitos a grupos até então discriminados, como as mulheres e os jovens. A manutenção das estruturas políticas tradicionais foram compensadas pela ampliação dos direitos e por uma mudança social revolucionária.

Frases do Maio de 68

“As armas da crítica passam pela crítica das armas."

”Antes de escrever, aprenda a pensar."

“Professores, vocês nos fazem envelhecer."

"A barricada fecha a rua, mas abre a via."

“A imaginação toma o poder."

“Eu participo. Tu participas. Ele participa. Nós participamos. Vós participais. Eles lucram."

“As paredes têm ouvidos. Seus ouvidos têm paredes." 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Motos importantes da história!

Motos importantes da história?


As 5 motos mais importantes da história | Notícias | The History Channel


Não importa se elas são usadas na cidade ou na estrada, como meio de transporte ou para ganhar a vida, quem é fascinado por pilotar uma moto sempre tem em mente uma lista com o nome dos melhores modelos da história. São tantos os aficionados por motos que revistas, sites e programas de televisão especializados debatem eternamente sobre as mais importantes, belas, velozes ou as líderes de vendas. E, num esforço para avaliar quais são os modelos mais impactantes para quem é apaixonado por motocicletas, elaboramos a lista das cinco melhores motos da história. Será que a sua está aí? - 


Harley Davidson Knucklehead

Este famoso modelo da Harley Davidson deve o seu nome a sua tampa das válvulas, semelhante a um punho fechado. O modelo foi introduzido em 1932, com a primeira Harley com distribuição OHV (Over Head Valves). Esta máquina foi desenvolvida para longas distâncias e diferentes tipos de terreno, e, por isso, embora fosse considerada lenta e pesada (em comparação com a rival europeia Vincent Rapide), tornou-se um clássico indiscutível do sonho norte-americano: uma longa viagem solitária, cruzando um enorme país. 

Harley Davidson V-Rod

Além de modelos ou de marcar épocas, sem dúvida, a Harley Davidson é um ícone mundial da paixão por motocicletas. Fora sua engenharia, imagem e seu som inconfundível, há também uma cultura em torno dessa moto. Esse “modo de vida sobre duas rodas” também é impulsionado pela própria fábrica que, em 1983, criou a Harley Owners Grup (algo como Grupo dos Donos de Harley), associação que já tem 1,3 milhão de membros em todo o mundo. O modelo V-Rod foi apresentado, depois de anos de segredo, em 2001, com uma série de inovações importantes: refrigeração a água, fuselagem de alumínio, 115 cavalos de potência. - See more at: http://noticias.seuhistory.com/sabe-quais-sao-cinco-motos-mais-importantes-da-historia-nos-mostramos-para-voce#sthash.VyeN7f86.dpuf

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Concurso para professor da UEG

O Núcleo de Seleção da Universidade Estadual de Goiás (UEG) está com inscrições abertas até o dia 10 de fevereiro ao Concurso Público para 250 professores.  São 150 vagas para candidatos especialistas, 50 para mestres e 50 para doutores. As vagas estão distribuídas entre as unidades universitárias.  A taxa de inscrição é de R$ 140 para especialistas; R$ 160 para mestres; R$ 180 para doutores. O pagamento deve ser efetuado até o próximo dia 11.
O concurso está dividido em quatro etapas. A primeira prevê a avaliação dos candidatos com deficiência; a segunda, a aplicação de prova dissertativa, de caráter classificatório e eliminatório; a terceira, prova didática, também de caráter classificatório e eliminatório; e a última, avaliação de títulos e produção científica, de caráter classificatório.
Para se candidatar às vagas, os interessados devem acessar a página do Núcleo de Seleção da UEG e seguir os procedimentos do edital. As provas e avaliações serão realizadas em Anápolis, Aparecida de Goiânia e Goiânia. A publicação do resultado final será no dia 18 de junho de 2014. O edital pode ser conferido aqui.
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  Prof. Lemuel História da Arte O ARTISTA  EXPRESSA O SEU TEMPO, ATRAVÉS DO QUE ELE VÊ. Competência:   Compreender a arte como saber cul...